domingo, 29 de maio de 2011

Crítica de Mary e Max

Mary e Max uma amizade diferente, será o último filme a ser exibido no primeiro semestre do CINE CCH 2011. Por isso, você não pode perder. Venha participar e traga os seus amigos.



CRÍTICA: MARY E MAX - por Ana Martinelli

Se você gosta de animação provavelmente já viu ou pelo menos ouviu falar em Adam Elliot. Em 2004, o roteirista, animador e diretor ganhou o Oscar de Melhor Curta de animação por Harvie Krumpet. Exibida no Anima Mundi do mesmo ano, a história do solitário e desajustado imigrante polonês foi agraciada com o prêmio de Melhor Filme escolhido pelo público brasileiro.

Antes do Oscar, o australiano realizou a trilogia Uncle (1996),Cousin (1998) e Brother (1999) - respectivamente Tio, Primo e Irmão – enquanto estudava na Victorian College of the Arts em Melbourne.

Não é necessário conhecer os curtas para se encantar com Mary e Max – Uma Amizade Diferente, o primeiro longa-metragem do diretor. Mas se você tiver curiosidade, assista e entenderá que, para chegar neste filme Elliot, percorreu um caminho de descoberta e investigação do humano através do que ele mesmo define como clayography, neologismo entre clay - como é chamado entre os animadores o material do qual os bonecos de massinha são feitos - e biografia.

Mary (quando criança a voz é de Bethany Whitmore, na idade adulta, Toni Collette) é uma menina australiana de oito anos. Max (Philip Seymour Hoffman) é um judeu novaiorquino quarentão. Nenhum dos dois se encaixa muito bem no ambiente em que vivem, são solitários e o mundo lhes parece intrigante e incompreensível.

O diretor opta por uma narrativa dividida em blocos, na qual apresenta os personagens separados, une-os quando as cartas começam a ser trocadas e marca o tempo que passa. Narrativa simples, mas, no começo, tem ritmo irregular. Mas, através da sensibilidade de Adam Elliot em criar o mundo de Mary e Max, sempre separados e descobrindo o outro à distância, somos imersos em reflexões sobre o quanto o ordinário da vida pode ser incrível quando se dá atenção aos detalhes.

Após assistir ao filme, fiquei ainda mais curiosa em saber que a trama é baseada em fatos reais. Imaginava se tratar de um romance, mas na verdade, o diretor usou sua própria experiência (com licenças poéticas e criativas) e de um amigo com o qual se correspondeu por muitos anos.

A animação permite usar metáforas divertidas e exagerar traços de personalidades para expressar sentimentos sem palavras, com singularidade, além de misturar a personalidade de seus protagonistas nos minuciosos cenários. Mary e Max – Uma Amizade Diferente demonstra o quanto o acúmulo das experiências nas narrativas curtas podem desenvolver o olhar e os tempos para contar uma história de fôlego.

Proximo CINE CCH: 13/05!!


Sinopse:
Mary Daisy Dinkle (Toni Collette) é uma menina solitária de oito anos, que vive em Melbourne, na Austrália. Max Jerry Horovitz (Philip Seymour Hoffman) tem 44 anos e vive em Nova York. Obeso e também solitário, ele tem Síndrome de Asperger. Mesmo com tamanha distância e a diferença de idade existente entre eles, Mary e Max desenvolvem uma forte amizade, que transcorre de acordo com os altos e baixos da vida.

sábado, 28 de maio de 2011

Notícias da exibição do Valentin

No último dia 17/o5, tivemos a terceira exibição do CINE CCH com o filme Valentin. O filme de Alejandro Agresti encantou a todos os presentes.Um filme simples, mas, ao mesmo tempo, impressionante e sensível. Era perceptível a emoção do público,que comovido, foi do riso ao choro com a bela história de Valentin.






sexta-feira, 13 de maio de 2011

Crítica: Valentin e opiniões dos espectadores

Trazemos aqui uma crítica do filme do CINE CCH. Aguardamos também as opiniões de vocês, que foram nossos espectadores no filme.

O argentino Alejandro Agresti já tinha dirigido uma penca de outros filmes em seu país, mas o reconhecimento internacional só chegou com Valentin, filme que rodou os festivais e arrebatou público e crítica mundo afora, fazendo com que Hollywood logo tomasse o diretor para si, para dirigir dramas leves por lá (
A Casa do Lago, com Keanu Reeves e Sandra Bullock).
Valentin é um garotinho de oito anos de idade, que é criado pela avó, pois o pai pouco lhe visita e a mãe ele não sabe onde vive. É ele quem narra a própria história, imprimindo sua visão de criança (mesmo) sobre a situação em que vive. Ele discursa sobre suas relações com a família, sobre a escola, sobre a vontade que tem de o pai arrumar-lhe uma madrasta linda, loira e inteligente, sobre o desejo de ser cosmonauta e despeja a todo momento sua opinião sobre os adultos, sobre os judeus e sobre o porquê da vida possuir tanto impecilho para ser bem vivida.

O texto é delicioso e passeia com destreza entre o drama e a comédia, conquistando pela sua simplicidade e inteligência de desenvolvimento. Tem como grande trunfo o elenco: o próprio Valentin, criança dessas tão espertas, graciosas e bem criadas que dá vontade de adotá-las; a avó interpretada magistralmente por Carmen Maura; o simpático vizinho Rufo (Mex Urtizberea) e a candidata favorita a madrasta (Julieta Cardinali).
[...]
Valentin é uma pequena pérola do cinema argentino. Mais um exemplar que prova a versatilidade daquele cinema que, assim como o brasileiro atual, possui reconhecimento dos especialistas mundiais, mas pouco consegue penetrar no mercado exterior. Este, felizmente, chegou ao Brasil e pode ser encontrado nas locadoras. Indispensável para quem gosta de cinema sensível.

Fonte: Site Fred Burle no Cinema: críticas, notícias e curtas, disponível em: http://www.fredburlenocinema.com/2010/10/critica-valentin.html

Esse texto é apenas uma opinião. Queremos também a sua.
E então, o que você sentiu, pensou e gostaria de falar sobre o filme?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fotos da oficina de cinema - módulo 1



Só um gostinho... No dia 28.05 teremos o segundo módulo da oficina. A produção final será nesse dia... Quem esteve presente na primeira oficina, dia 7.05, comente e quem está curioso aguarde os comentários para ver se quer vir na próxima.

terça-feira, 3 de maio de 2011

CINE CCH 17.05 - Valentin

NÃO PERCAM!!!!

Sinopse do Filme:

1960, Buenos Aires. Valentin (Rodrigo Noya) é um menino de nove anos que vive com sua avó (Carmem Maura). Sua mãe desapareceu quando tinha apenas três anos de idade e seu pai é um homem distante, incapaz de assumir responsabilidades. Valentin é uma criança solitária, em uma busca constante por amor e afeto. Ele tem duas obsessões: tornar-se astronauta e que o pai o leve ao encontro de sua mãe. Mas seu pai não quer remexer no passado e, além de tudo, está mais preocupado com seus relacionamentos passageiros. Até a chegada de Letícia (Lulieta Cardinali), a quem o menino se apega imediatamente. Valentin faz o papel de cupido, tentando juntá-los e assim ter uma mãe de verdade.